"E quando silencio, teu amor me nina na canção das estrelas" (Sonya Azevedo)

 

domingo, 26 de outubro de 2025

Ventos em Fúria


Ventos em Fúria

Céu e mar em fusão co' a negrejante
Tormenta, isolam das mi' as turvas vistas
O perenal, que, sendo um alquimista,
Dá fúria ao vento, em grito lancinante.

O mar, co' o vento, faz-se em par dançante
E torna os nimbos seus protagonistas
Nessa apresentação tão anarquista,
Num palco aberto, em fúria horripilante.

Feixes de fogo riscam altos véus
Lançando brasas, brumas do conflito,
Enquanto o tempo bebe em seus troféus.

E eu, no porão de mim, absorto e aflito,
Sou grão de areia em meio ao escarcéu,
Que vê no caos um sopro mais bendito.

6 comentários:

  1. Lindo soneto em meio a turbulencia de sentimentos e emoções.
    Bela partilha Janita.
    Abraços e feliz semana.

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  2. Muito original. Somos grão de areia perante tanta turbulência que nos assola.

    Beijinhos e boa semana!

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  3. Profundo poema. Te mando un beso.

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  4. Olá Sonya
    Mais um belíssimo soneto aqui nos presenteias.
    Efetivamente, somos tudo e nada ao mesmo tempo. Neste universo de inconstantes convulsões.
    Gostei muito, estimada amiga.

    Beijinhos grandes e feliz fim de semana.

    Mário Margaride

    http://poesiaaquiesta.blogspot.com
    https://soltaastuaspalavras.blogspot.com

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  5. Hermoso poema con una imagen espectacular, es un placer visitarte.
    Que pases un hermoso día
    Besos bella

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  6. Belo e excelente soneto!
    Aplausos, Sonya.
    Dias inspirados e felizes.
    Um abraço.
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Grata pelo carinho da visita